quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Educação: salvem nossos adultos...


O trem ta feio? De preferencia, pinte-o de azul e amarelo. De forma recreativa e construtiva, claro.. mas tudo é tao dificil, ne mesmo..

O mundo vive grandes transformações. E sofrer as consequencias das mudancas ocorrido no contexto social é inevitavel. Somos reflexos de qualquer ordem de alteracao: sejam boas, más ou terriveis. A educacao, como ponto critico deste artigo, nao seria diferente. Ela vive um caos nao percebido e as resultantes desse vazio pouco produtivo estao sendo limitadas e reduzidas a ordem do terror. O termo terror talvez encontre um patamar tragico e extremo para alguns, mas diante dos fatos, nao haveria outra forma de pronunciar esses desarranjos. Talvez o pior dos problemas sejam os valores das pessoas, que encontram-se atualmente se apresentam em relacoes de inversão. Permitam-me usar um termo pejorativo, mas chegam ao ponto de serem qualificados como "de com força", de cabeca para baixo, de forma diagonal, um circo vertical, tanto faz, sem respeito algum com a forma geométrica que disígne algum caráter de certidão: uma reta tortuosa. O relativismo afirma que nao ha possibilidade de haver uma reta genuina, ja que a terra se encontra redonda, no minimo oval. Por acaso seria quadrada? Resposta: Possivelmente...

O que pensar?

Com a palavra, os pais.
Podemos definir o termo ignorancia como uma falta de critica e amplitude de consciencia, como tambem um deficit de conteudo informativo. E essas características sao bem adequadas ao contexto que integram-se nossas criancas. Ha um vinculo muito estreito entre a ignorancia de nossas criancas e adolescentes e a desestrutura emocional dos pais.. os professores, q tambem sao pais e estao dentro desta categoria.. eles sao meros resultantes desse processo desgastante no qual o ser humano se adequou (enquadrou?). Toda esta falta de adequacao psiquica e social dos pais acabam gerando, nas instituicoes novas e "aperfeicoadas" normas e diretrizes, remetendo-se a novas didaticas de ensino, metodos, dinamicas, etc. obvio q tudo é processo.. L E N T O, por isso que esta mesma morosidade é que torna tudo devastador pois as pessoas nao conseguem perceber que "pingo por pingo, a caixa d'agua enche"... infelizmente é a ordem do terror esta falta de sensibilidade do nosso coletivo humano... o ser humano normalmente vai aderir melhor a processos imediatos de 1+1=2 e é esta mesma lentidao do processo q geram novas metamorfoses institucionais, como tambem linhas de desenvolvimento declinantes .. e como bem os estudiosos da psicologia social sabem (ou deveriam saber ), todos os conteudos institucionais produzem subjetividades.. Se tratamos de subjetividade, logo esta mesma instancia estara engajada em abstracoes de afetos, e afetos podem se contituirem como bons ou ruins.. E o paradigma contemporaneo esta abarrotado de afetos ruins.. quando nao sao expostos como ruins, ancoram-se em abstracoes completamente fragmentadas. e pior, nao ha ninguem (a maioria dentro da curva de GAUSS) que consiga ter uma sensacao, percepcao e muito menos um sentido sobre o discurso vigente, escancarado e ao mesmo tempo latente nas entrelinhas do social. Uma grande desgraca!

E por obvio, a educacao nao esta fora disso.. principalmente a educacao, em que todo seu conteudo esta muito intimo das concepcoes de cultura tradicionais familiares.. Claro q explico: Na escola, professores substituem os pais; os alunos estao sempre projetando suas idealizacoes sobre o que seja, pra eles e inconscientemente, a referencia da "funcao materna" e "funcao paterna"... Com isso, chegamos a uma via paradoxal:
- por um lado os pais, sensibilizados, feridos e "vitimas" de um sistema que gera um emocional problematico nesses sujeitos. A realizacao contínua, prolongada e determinada do conteudístico da mídia é feroz em putrificar as relacoes sociais. Problema este q configura-se no aspecto social, principalmente na dinamica familiar, que agora passa a ser comprometida - no caso (obviamente existem varios) falta de estrutura para suportar os percalços da criacao e educacao dos filhos. Os pais pos-modernos parecem "nao suportarem os filhos". Nao por uma direcao pejorativa de odio e falta do suposto amor, mas uma sensacao de estranheza e de um "nao sei o que fazer" com aquele sujeito que esta ali, "olhando pra mim"; inconscientemente é moldado por rituais e tradicoes (ter filhos, constituir familia, cantar parabens, fazer um pedido pra deus quando for dormir, etc etc), me levaram (nós, pais) a seguir esses padroes que o vizinho tambem segue (identificacoes). Enfim, nao ha um suporte subjetivo dos pais que consigam aguentar tamanhas metamorfoses do momento vigente.
- por outro lado, os mesmos pais, que estao posicionados no contexto como sujeitos que detem a referencia da moral, dos valores e do carater é que precisam se responsabilizarem por toda esta desestrutura que chegou a esse fim, onde a banalizacao do conhecimento se tornou algo comum. Resta saber qual o terceiro, o "arbitro" que interferira nessa equacao em que o resultado anda caminhando sempre para formacoes negativas e invariaveis.
O Estado ja mostrou a que veio... os fatos estao ai, basta haver um mínimo de crítica para assimilar como os nossos governantes estao reduzidos a uma posicao perversa em relacao a superestrutura (vc q ta lendo isso agora).
Eu apostaria, com um otimismo meio que humilde, nos profissionais que estao envolvidos mais intimamente com as ciencias sociais, principalmente a psicologia social e seus adeptos, que tem como papel e função, em essencia, a TRANSFORMAÇÃO.
O conflito é que a solução do problema esta no mesmo processo pelo qual se formou esta representacao social do instante e o sujeito social (os pais, as maes, os professores) esta demasiadamente saturado (uma verdadeira exaustão) dos resultados obtidas pela loucura dos tempos atuais. Entao fica uma coisa meio que... sem direcao.. sei la..

Como dizia uma amiga minha: "Estamos perdidos?"


Talvez Deus nos ajude.. quem sabe...
altos delírios..
ou talvez a solucao seja, de alguma forma, reinventar como a imortal Cecília nos propõe:


"a vida, a vida, so é possivel reinventada"

entao, idiota (como eu), pronto para quebrar paradigmas?

domingo, 9 de maio de 2010

Informação, voce é cruel


Tinha uma informação no meio do caminho. No meio do caminho tinha uma informação, cruel.

Existia um reino muito distante. Neste reino havia um ser chamado informação. Era informação para todos os lados. Não havia um lugar sequer que não houvesse informação. Ela era abundante.

Ela é abundante.

Este reino não era habitado por homens. Os homens pertenciam a outro reino, também distante e havia boatos de que eles eram seduzidos pelo reino da informação. Também se especulava que o homem tinha um coração curioso, mas extremamente desorientado. A informação não tinha gênero, estava abandonada, isolada, a mercê do tempo e das coisas daquele vasto reino. Ate que um belo dia, chuvoso por sinal, tomou uma decisão que iria marcar o resto de sua vida e de todos. Dirigiu-se ao reino dos humanos!

Chegando la...

A informação bate a porta freneticamente. Ela é insistente e indelicada.
Não pede licença e temos sempre a sensação de que não sabemos nada e que sempre esta faltando algo a ser preenchido em nossas vidas e pensamentos. A informação continua batendo. É insistente e indelicada. Pedimos de forma educada para nós mesmos que não aceite porque ela vai ocupar um lugar que diversas vezes, muitas vezes, deveria estar um outro conteúdo, mas nunca temos certeza do que seja esse dado, conteúdo, pensamento, concepção.

A informação bateu novamente a porta. É insistente e indelicada.

Por algum motivo, seja qual for esse motivo e suas razoes, tanto conscientes ou nao, temos uma tendência absurda e repetidora de atender a porta. Algo nos leva ate a porta. A porta é formosa , sedutora como o ouro. Temos consciência de que ela esta la, pronta para ser adquirida, limpa e animadora, mas algo nos incomoda. E quando recebemos o pacote, nada se completa por inteiro e sempre temos esta demanda de procurar um pouco mais para se alcançar esta suposta completude, que nunca chega.

A informação é indelicada demais.

Não parece tão mal educada quando comparamos sua personalidade com suas vestimentas muito bem cuidadas, cheirosas e atuais. ahhhhhhh, atuais, atualizadas! contemporaneas! informação ágil e pouco ortodoxa. Faça um update! Que você agrada-a por demais. Ela se alegra, fica feliz. É extremamente evidente o sorriso q ela exala. Não há como não notar tamanha satisfação quando o clique pula em cima do botão ATUALIZAR. A versão nova da informação sempre nos da essa sensação de que algo ira mudar para melhor. Alguma coisa nos indica e nos leva a ter essa percepção de que uma nova versão desse conteúdo mundial será aperfeiçoada por algum a causa e por algum problema que precisava ser revisto e corrigido! ahhhhh atualidade que se atualiza pela informação.

A informação bate a porta. É insistente e indelicada.

Crescemos e aprendemos que estudar é sempre muito bom, que você só terá êxito com a participação efetiva (afetiva?) junto a informação. As qualificações, parceiras árduas e fiéis a informação estão sempre presentes e sempre nos são apresentadas com força total. por todos os meios e formas. Ser informado é ser funcional. Ser funcional é estar integrado de maneira absoluta a normalidade capitalista: trocar mercadorias para um fim pessoal de satisfação. O ego vai as alturas! Ele realmente atinge o clímax! rs (uma piada a essa altura do campeonato não faz mal a ninguém).

A informação bate a porta. É insistente e indelicada.

Einstein afirmou uma vez uma verdade, dentre várias:
"Quanto mais conhecimento o homem adquire, mais tolo ele fica".
Isso parece ter um significado bem prático. A partir desta ideia, nos dirigimos ao nosso social e não conseguimos perceber algum desenvolvimento cognitivo... Não parece haver desenvolvimento algum em relação a uma desenvoltura subjetiva. Simples:
  • Os valores se inverteram;
  • A pratica perversa é muito vigente
  • As somatizações (sintomas) andam em alta como nunca.
  • [voce adicionaria alguma (coisa) ?]

Esta historia não termina nunca.. Não acha ?


A informação bateu novamente a porta..
Ela não foi insistente
Muito menos indelicada.
Ela acreditou fielmente que estava em casa
Não há lugar melhor do que o nosso lar - disse a informação
O homem ficou perplexo, entusiasmado, eufórico e extremamente louco
O homem estava desorientado mas resolveu acreditar
Pra que? Para sobreviver zelosamente iludido
Ferido...
Sem consciencia da dor
A informação atingiu novamente o clímax..









sábado, 10 de abril de 2010

Facilidade de viver

Facilidade

Nunca duvidei de nada, nem das coisas
dos fenomenos, das ruas, nem do besouro
muito menos do passarinho que bate as asas para voar
e voa, voa, voa
compreendo o seu voo... esforço
mas duvido todos os dias para viver
tentar compreender o viver
Duvida?
Duvide...

Mas se ainda a coisa ta dificil de se nao entender,
estarei na sala da vida
se precisares de mim
se precisares de mim para entender alguma coisa
se precisares de mim,
se precisares de mim, começo a cansar de esperar
se alguma coisa é possivel compreender
porem se compreender é viver,
tentar viver seria quase que impossivel

Entao, ja nao estou na sala da vida mais
a luz da compreensao apagou-se
momentaneamente se apagou
momentanamente.
E esse momento é estupidamente maravilhoso
pois so assim ha alguma possibilidade do porvir ser menos desgastante
é enfado..
religa-la é dificil (a luz) (à luz)
mas o passarinho que voa
o mesmo passarinho que 'avoa' la de cima
é a mesma rua que se fecha nos quebramolas das entrelinhas.

Facilidade?
Claro como a luz la de cima ou de baixo (tanto o faz)
Claro..
Claro que sim!
So nao esqueca de duvidar... eternamente para sempre...
Facilidade...