terça-feira, 19 de maio de 2015

+ Um pouco de mim (de nós?)

Acredito que todos tenhamos um pouco de heroismo em nossas veias... Como também um pouco de solidão e austeridade... Encontramos, alguns... um contrassenso interessante nas coisas sem beleza. A feiura, por exemplo, pode ser vista como uma bandeira de guerra. Mas é possivel sim amar a feiura sem igual. Basta desafiar o caos e a finitude das coisas. E voce encontra o êxito subjetivo quando vc desafia a propria morte, pois vc passa a ser a morte. Nao morte morrida ou matada, encaixotada em jazidos perpétuos, mas morte como finitude e limite (pois ele passa a ser agora melhor controlado). Por que controlado? Porque o nosso proprio horror e crueldade passa a ir de encontro com ao horror de fora de nós, como um equilíbrio.. Como uma compensação que todos teimamos em tamponar, pois fingimos ser muito bons e puros.. Nao somos...
Só um adocicado sentido pode tomar posse de mim mesmo: conviver com o mundo da minha maneira e nao da maneira que determinaram. Por isso que talvez eu ame a minha cruzada melancólica, analítica e observadora. Talvez por isso q aprecie o deboche de perceber o q poucos conseguem sentir.. Pois é o mínimo que posso fazer diante disso tudo: aceitar o meu (o seu) próprio (e inevitável) sentimento de piedade e seguir em frente...

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