sexta-feira, 13 de março de 2009

Tecnologia e Bem "star"




Podemos iniciar o artigo com a seguinte questão: "Os aparatos tecnologicos podem produzir felicidade no homem???" Como pode ser visto, a questao foi formulada ancorada na palavra felicidade, talvez pela forma abusiva e as vezes violenta do homem buscar o gozo seja em qualquer circunstancias.


Bem... creio que seja bem mais profunda do que aparenta ser e que nosso julgamento possa definir com extrema ligeireza e exatidão. A questao nem aponta de maneira tangencial se o ser humano encontrou ou nao, mas devemos estabelecer como prioridade se a "busca" tem resultado em bons efeitos pois o que os individuos fazem é exatamente isso, buscar buscar e buscar e buscar e tornar a buscar.
Nao podemos deixar de enfatizar que existem tambem aqueles que decidem, por uma serie de argumentos e fatores existenciais, dirigir-se a estradas hostis, caminhos que nao sao interpretados por uma massa maior de que "nao valem a pena" empenhar-se e simplesmente entregam-se, repelindo, entao, o fator busca (uma outra historia).

O porem sobre este discurso é encontrar caminhos que nao sejam adequados ou ate mesmo coerentes com a sua propria maneira de permanecer no discurso de viver, entao a pergunta poderia ser novamente reformulada - EXISTE felicidade junto a tecnologia?

Definitivamente nao encontro outra palavra que responda esta pergunta que nao seja o termo bobagem... sim, bobagem, coisa insignificante, sem importancia............. mas qual das bobagens desta vez vai de encontro (ou é buscada) ao homem e de seu social-cotidiano? talvez esteja sendo enfático demais.. a possibilidade entao de uma nao complicação pessoal seria estender o discurso.


vamos la!

Primeiramente devemos entender o que seria esta felicidade dita acima. É constado no dicionario Aurelio 3 definicoes:


1. Qualidade ou estado de feliz; ventura, contentamento;


2. Bom êxito; êxito, sucesso;


3. Boa fortuna; dita, sorte.



Fácil nao é mesmo? nem tanto..

A palavra torna-se bastante complexa para nossas limitadas concepções filosóficas quando a fazemos interagir em o nosso social, mas poderemos adequa-la numa acepcao de aproximacao a algo. "Eu sei, preciso explicar". Quando apontamos ao mérito de aproximacao, isso pode ser dirigido a um indicador, um caminho que se avizinhe e/ou ligue atraves de uma ponte subjetiva ao que chamamos (nós seres humanos, pois os animais ja sao felizes pelos seus devidos afetos cumpridos) de bem estar. Bem estar é aquilo que, vejamos, tem-se a idéia de que estamos de bem com a vida, adequados e satisfeitos com o que fazemos, pensamos e ate mesmo quando, naturalmente, fracassamos. É algo que indepente de ter ou nao ter. Um exemplo ilustrativo para o mérito da questao acima seria um telefone que toca, toca, insiste em chamar por um aviso sonoro, muitas vezes impertinente, e quando, na posicao passiva pelo sentido auditivo o ouvimos, logo pensamos que podera ser algo agradavel de se ouvir e que este chamado esta acometido por fatores agradaveis e nao o contrario disso do tipo: "eita telefone chato, irritante, sera que é algum cobrador? sera que aquele cara chato novamente? sera aquele sujeito novamente tentando se dar bem as suas custas? sera mais uma vez aquele familiar que finge se preocpar mas na verdade so quer colher algo para si mesmo? sera mais uma telefonista de telemarketing querendo me vender algo q eu nao preciso? Sera mais uma noticia ruim?." bem.... a coisa fica mais proxima disso.. mais ou menos isso.. menos ou mais que isso.. mais? menos? questoes..................

bem, o termo tecnologia esta ligado diretamente a um bom e facil manuzeio de alguma necessidade prática do sujeito (Nao vamos pormenorizar muito). Com isso, é bastante interessante notar que a possibilidade agora pelo aparato tecnologico ja nao é tao lenta ou trabalhosa ou ate mesmo inexistente como eram nos tempos passados. Com reflexo disso, é possivel perceber isso nas expressoes, nos discursos de linguagem de nossa sociedade atual, principalmente quando este discurso é proveniente de algum individuo senil: "Antigamente a gente era assim, ou antigamente era tudo mais dificil, e assim vai.." mas precisamos tambem entender algo muito importante, uma via do detalhe que muitos desprezam, mas que tornam as coisas possiveis, impossiveis, viaveis e nao viaveis - as sensacoes e percepcoes subjetivas.

"Antigamente a gente era desse jeito, desta forma, pensavamos assim nao se fazem mais produtos como antigamente."
é prudente pensar no que a tecnologia tambem transfornou nossos seres como sujeito em escravos.. Voce pode ter exclamado, "UIAAAAAAA que coisa feia Ronaldo", que coisa mais forte pronunciar tal termo, E S C R A V O, as pessoas podem pensar em resposta a isso: "eu nao sou escravo";, Mas se formos pensar a respeito do que seja a palavra escravo e sua devida configuracao nos sociais terrenos, poderemos entender que a coisa nao anda tao longe disso nao. Pode crer! Creia, faz bem..
Infelizmente a coisa tecnologica se adaptou bem aos quesitos humanisticos. Por que?
Porque o ser humano utiliza de economia psiquica em seus relacionamentos sociais em suas condutas sociais, em obedecer ou nao a lei, em projetar sobre o futuro e etc etc etc... enfim, o ser humano é preguicoso.. Outra palavra absurda? Como mudar o termo para "lento", "demorado"... creio q ha tambem uma necessidade de termos uma crítica mais extensa em relacao ao quesito preguica.. mas isso tambem, como sempre, ja é outra historia.
o que desejo passar é a ideia de que o aparato tecnologico deixou o ser humano mais estatico e menos produtivo em relacao ao fazer. Fazer no sentido de ação motora mesmo, de levantar do sofa e girar (lembra das tvs antigas, se girava mesmo, beliscava a phico hitashi e giraaava para mudar de canal rss) os benditos aparelhos. Outro absurdo, ja sei.. é bem melhor estar em poder de um aparato tecnologico que, aqui, damos o nome presente de controle remoto e com o mesmo, temos a facilidade de ir trocando os canais inuteis (outra historia) que as programacoes das devidas emissoras nos transmitem, mas ja parou para pensar que a ociosidade pode te trazer (nos trazer hehe) doencas cardio vasculares?????
bem, ate aqui a historia ja foi contada pra voce diversas vezes, esta historia do ócio
ja ta mais do que manjada, relembrada e repetida. Mas sera que ja conseguimos elaborar
tal atitude do desejo pela facilidade que a tecnologia nos da e pela consequencia negativa em
relacao as instancias fisico-cognitiva? obvio que nao.. sou bastate enfatico em dizer que ainda
nao ha uma elaboração, uma tomada de consciencia em referencia ao contexto. sera pq?
bem, a psicanalise pode tentar explicar. Ela nao explica tudo mas alguma coisa chega perto da realidade. Alias, muita coisa... mas quem nao gosta de Freud, que pare a leitura por aqui, porque em verdade é q a grande maioria que nao gosta de Freud é porque é idiota e nem ao menos leu 1 lauda das milhares produzidas em estudos e fundamentos.. mas enfim, de forma geral e bem basica, vamos as explicacoes de Freud:

Para freud, em sua segunda topica, proclamou o sistema psiquico dividindo-o em 3 intancais - id, ego e superego.

o id corresponde a todo conteudo inconsciente, o ego a toda veiculo ligado diretamente a consciencia (apesar q existe uma grande parte do ego que tambem é inconsciente) e o superego dirigido diretamente a uma balanca (peso) que regula as duas anteriores, conferido as nossas condutas morais e valores adquiridos pelas experiencias.. em todas as instancias existe uma parte formadora recheada de energia psiquica (catartica) e para nao fugir muito das explicacoes onde quero chegar.. o transito dessas energias estao ligados a uma economia da mesma, entao o nosso ego, o nosso id e o superego sao acessados a todo instante e para que sejam ativados ha primeiro uma selecao para o menor esforco que se gaste a menor quantidade de energia possivel para estalecer alguma mecanismo nos sitema psiquico. e isso reflete com muito vigor, obviamente, nas relacoes sociais que este sujeito, detentor das instancias, estabelece e emite diante o meio que ele se insere...
entao o ato de se levantar do sofa para trocar de um canal futil para outro canal futil (obviamente ainda existem canais, ou melhor, algumas programacoes em DEVIDOS canais que ainda se apresentam como produtivas, mas a grande maioria nao presta, é bem frivola) tem origem nos proprios mecanismos inconsciente que o sujeito detem, enfim, tem matriz psiquica e constitucional no sujeito..

bem, esta explicacao é da ordem da psicanalise, deixando bem claro, quem ousou em ler estes fundamentos basicos acima e nao entendeu bulufas e é espartanamente contra, que se dane pra la.. desculpe, é que ultimamente tenho ouvido tantas insignificancias contestando Freud que tenho tido algumas posturas bem extremistas.. (risos)
mas vamos em frente.. nao vamos perder mais tempo.

Tempo? Algum problema com o tempo? O relógio é vizinho-parente-simbiotico?

Voce ja pode ter uma adivinhacao, uma grande revelacao divina de quem é o culpado disso.. quem quem quem? nao. nao é o raimundo nonato, personagem da escolhinha do professor raimundo, que passava na globo ha uns anos atras, e hoje é copiado, de forma leviana pela bandeirantes. hehe, fui um pouco prolixo agora, mas nao vamos nos perder.

sim, se voce pensou na palavra tecnologia como responsavel, entaovoce é um dos meus.. ne manow? ne brother? ne rapa? bem aperte off por enquanto, eu sei que é custoso, mas você necessita disso..

voce deve estar se perguntando (espero) sobre a matriz de todo esse aprofundamento de palavras citadas acima, e a matriz foi o termo SENSAÇÃO. Lembra?

O contexto exposto acima trata-se exatamente das sensações que exalamos em nosso social.

A tecnologia nos surpreende as vezes. Talvez nem seja uma surpresa coletiva, em que todos são acometidos pelo vislumbre imediato de algum fato exposto por um computador ou por uma tela brilhante da televisão. me refiro a uma percepção individual e bem pessoal do que é colocado diante dos nossos olhos muitas vezes. O problema é que a gente não consegue enxergar o que é colocado por “detrás das linhas inimigas”. Minha menção tem caminhos que se aproximam da desigualdade, aquela que ta na boca de todo mundo, principalmente nos centros universitários em que o mérito da questão tem direção voltada para o social de algum grupo, principalmente os que estão engranzados em discursos de subdesenvolvimento como o nosso brasileiro. Nosso?
A tecnologia nos surpreende. Um dia desses, em minhas buscas rotineira de informações, navegando pela internet em sites de noticias, me deparei com alguns links de imagens relatando sobre dois fatos. Eram dois fatos comuns do dia a dia, nada tão surpreendente, nada tão fora do contexto de "normalidade". Enfim, nenhum óvni havia pousado em determinado lugar e foi filmado de maneira concreta e irrefutável. Não me refiro a algo realmente extraordinário que fizesse alguém levantar da cadeira absurdamente impressionado com o que tinha visto ou ouvido. Não mesmo! Era algo simplório:
- De um lado da tela, o site de noticias, pelo qual me referi, expunha o ciclone que havia devastado o país de Bangladesh. A foto que marcava e identificava o link da pagina expressava uma mulher em prantos, um pranto sem choro e lagrimas, mas de uma inexistencia interna que so uma aproximação de uma linguagem fisica poderia interceder naquele instante. Esta mulher estava completamente acolhida pela desgraça. A perda daquela mulher era mais do que simplesmente o seu material basico de sobrevivencia ou do abrigo precário pelo qual ela se recolhia a noite, na madrugada fria. De algum modo (especulo sim, ora) pensava na nova "vida" que estava por vir na manhâ seguinte, uma vida com letras meio que destorcida.
- Do outro lado da tela (ou da moeda?) a página de noticias exibia um comportamento pragmatico de um membro da elite. Se tratava de um jogador de futebol em evidência internacional. Sua futura esposa, tambem integrada ao meio midiático, estava a procura das alianças ideais para o casório, para a grande uniao dos pombinhos e era importante que isso fosse relatado, de forma universal e abrangente tais fatos. Este sujeito, tambem mulher, ja nao propunha para o meio que era tão desgraçada assim como aquela outra mulher que, por uma terrivel coincidencia, tambem era humana. (um pouco de sarcasmo nao matou o homem, nem aquela mulher.. rs)
A questao nem é contemplar o conteudo informativo das duas manifestações fenomenológicas , mas sim, entender e aprofundar o significado desta exibicao informativa. Poderíamos aprofundar aqui com bastante propriedade vários deslizes de significantes e gerar diversas produções de conhecimento com referência a essas duas expressoes, mas o que desejamos é entender, pelo menos em parte, o que a tecnologia (no caso, computadores, a grande rede de informacoes e outras coisas mais) influencia no emocional das pessoas. O que pretendi aqui, caso voce ainda nao tenha tido um insight a respeito desta elaboração, diz respeito a banalização de valores, que ancorado a tecnologia, nos bate a porta com ferocidade e brutalidade, para nos sussurrar bem alto que esta tudo bem com os valores humanos, com a moral, com o ego psíquico daquela primeira mulher citada. O que a tecnologia nos propõe é que a desgraça colocada diante desta mulher ou ate mais, a desgraca introduzida e chacoalhada na vida desta mulher é perfeitamente aceitável e devemos continuar "lavando as mãos" perante esta fronteira absurda entre os sociais (desiguais?). Enquanto a sensação de produzir bem estar (felicidade?) só esta reduzido em possuir algo, de cunho material ou emocional, por outro lado a sensação de possuir para outros, produz sensações de ânsias. Tudo é ponto de vista, à vista, com visitas perpétuas e religiosas a botões elétricos, com franquias quitadas por um sistema 110-220v.

Você tem alguma dúvida a respeito? Chuva de in-Certezas precipitam sobre meu teto (...)

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